Na Cabeceira Cap. 12 | Livro novo, vida nova
- Bio Cult Cultivando a vida
- 16 de abr. de 2024
- 2 min de leitura
Ler um bom livro é mergulhar na sua história. Sabe quando a gente lê um livro e quando acaba sente falta dos personagens? Chamamos isso de ressaca literária. Já passei por essa situação muitas vezes, como quando estou lendo uma saga que se aprofunda na vida dos personagens, ou quando o tema se ramifica para muitas áreas. Um exemplo para mim são os livros do Ken Follett.
Follett é um escritor britânico, nascido no País de Gales. O estilo que escreve é thriller e romance, mas não romance romântico, e sim aquelas sagas que falam de gerações. Para mim é fantástico.
Meu primeiro contato com seus livros foi a trilogia "O Século", maravilhosa história que traz a vida de cinco famílias pelo mundo no final do ano 1990, até a eleição de Obama. Foram gerações de famílias que vivenciaram muitas coisas. Estados Unidos, Rússia, Alemanha, País de Gales e Inglaterra são os países pelos quais eles passam e trazem consigo não apenas suas lutas pessoais, mas nos dão clareza de como pensaram e viveram as pessoas em tempos de guerra, incerteza, descobertas e tantas mudanças.
Foram 2.864 páginas divididas em três volumes da editora Arqueiro. Com tantas páginas lidas não é de se estranhar que mergulhei na história. Ao terminar, eu gostaria muito que tivesse um quarto volume, quase queria fazer parte daquilo, mas então, fecho o livro e parto para outro.
Livro novo, vida nova. Nós não apenas lemos histórias, nós vivenciamos a história, quantas vezes nos identificamos com personagens, temos raiva, sentimos compaixão e amor, rimos e choramos (sou campeã nisso). Então, veja que oportunidade temos com a leitura, de não apenas absorver informações, mas de sentir o que estamos lendo.
E o que seria a vida se não fossem as coisas que sentimos enquanto estamos vivos? Pode soar estranho isso, uma fuga da realidade, um esconderijo ou uma oportunidade de autoconhecimento e contemplação.
Depois desta trilogia, conheci outros livros do autor e igualmente me apaixonei. A série "Os Pilares da Terra", que não é exatamente uma continuação da trilogia "O Século", até porque as histórias entre os livros têm divisões de quase um século, mas trata da mesma região, os descendentes e ascendentes dos personagens, como aquela cidade foi quando era apenas um vilarejo. Até mesmo o lançamento dos livros não é uma sequência cronológica: "Os Pilares da Terra", 816 páginas, século XII; "Mundo Sem Fim", box com 2 volumes, 1.136 páginas, século XIV; "Coluna de Fogo", 816 páginas, século XVI; "O Crepúsculo e a Aurora", 704 páginas, século X.
Follett escreveu outros 21 livros de ficção e três de não-ficção. Ainda não li todos, mas com certeza mais da metade. Um deles ganhei de um amigo e colega de trabalho, que de tanto me ver com livros na mão, presenteou-me com "A Chave de Rebeca" (fica a dica!).
Grande parte dos livros independentes tratam de períodos significativos da história, como a primeira ou segunda guerra. Entre os de não-ficção, destaco "O Voo da Águia", fantástica história real sobre o resgate de dois reféns no Irã. A edição de bolso tem 504 páginas que valem a pena a cada virada.
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