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Na Cabeceira Cap. 17 | Branco literário

Tem dias em que não consigo ler! Não por falta de tempo ou outras desculpas, só não consigo. A história não encaixa, as páginas grudam, sei lá, só sei que é assim.

São fases. Às vezes, devoro um livro num piscar, outras o livro parece que sobra de tamanho. Quando isso acontece, eu paro o que estou lendo e busco tentar algo totalmente diferente, ou até mesmo breves artigos. Tenho feito muito isso recentemente e encontrei um tema que me interessou bastante.

Então na verdade, sigo lendo, mas não um livro exatamente.

​​​​​​​No momento em que escrevi este texto, estávamos em meio a uma crise grande entre dois países europeus. Aproveitei para relembrar as leituras que já fiz sobre eventos passados e também para entender um pouco mais as realidades dos envolvidos. Isso também tem ocupado meu tempo de leitura atualmente. História, geopolítica, antropologia social, muitos temas interessantes para compreender como chegamos a isso.

Cheguei à conclusão de que não sou obrigada a estar sempre com um livro na mão, apesar de gostar muito. Terá dias em que quero focar em outras coisas e sei que logo vou concluir aquele livro parado na minha mesa. Ele vai esperar por mim. Inclusive, é um livro bem interessante, no qual um escritor decide dar um tempo da sua vida de "roedor de papel" para se dedicar a alguma atividade totalmente diferente, aluga uma mina, contrata um mestre minerador e muda-se para Creta.​​​​

O artífice que ele contrata logo torna-se seu amigo e temos a oportunidade de acompanhar os contrastes entre eles. Enquanto o jovem escritor observa e racionaliza todos os acontecimentos ao seu redor, o outro leva a vida de maneira visceral: expressa sua alegria com dança e música, intenso e humano.

Isso me faz pensar em como é bom termos um pouco de algo dentro de nós mesmos. Às vezes, é necessário ter mais racionalidade, pragmatismo, objetividade. Em outros momentos, nos deve bastar olhar o horizonte e se deixar surpreender.

Este livro me foi emprestado pelos amigos da Mass Fotografia. Eles o utilizam em ensaios fotográficos, pois é vintage, capa dura, folhas amareladas pelo tempo. O nome é Zorba, O Grego, do autor Níkos Kazantzákis. Foi escrito em 1946 e é, de certa forma, uma autobiografia. O livro inspirou o filme de mesmo nome.

Ainda não concluí essa leitura, mas já tive vários ensinamentos absorvidos. Inclusive o de me dar a oportunidade de ler algo que naturalmente não teria escolhido.

 
 
 

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