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Na Cabeceira Cap. 14 | Realidades Desconhecidas

Temos muito ouvido falar de genocídio ultimamente, mas este termo ficou mais conhecido no mundo por se referir ao que ocorreu com os judeus durante a Segunda Guerra Mundial. ​​​​​​​

De forma alguma meu objetivo é desmerecer estes fatos, até porque este assunto virá em outra oportunidade, quero apenas trazer a discussão para algumas realidades semelhantes que não são muito conhecidas.

O mundo dos livros nos traz esta oportunidade. Eu sei, temos a internet. Mas eu gosto de vê-la como um complemento às minhas leituras. Busco fatos reais para visualizar o que o autor quer demonstrar em sua obra, figuras, fotos ou vídeos que enriqueçam a experiência. Até músicas da época ou que falam sobre os temas lidos.

Tenho que confessar que quando se trata de um assunto assim, não é muito fácil me deparar com as imagens, pois vai bem além de ficção. Foram pessoas reais, com sofrimentos reais. Eu sofro junto, choro sim (o que é comum nestes casos). Muitos dos personagens não são reais, mas a realidade geralmente foi bem pior.

Hoje falo a vocês de um livro que conta sobre o massacre de milhares (estima-se entre 800 mil e 1,8 milhão) de armênios pelo governo Otomano, onde hoje é a Turquia. Lembrando que os turco-otomanos eram muçulmanos e os armênios eram em sua maioria cristãos (enfatizo isso para lembrarmos que a grande maioria dos perseguidos na Segunda Guerra foram os judeus, como se tentar exterminar uma raça ou religião fosse a resposta para resolução de conflitos).​​​​​​​

O livro é O Deserto de Ossos, de Chris Bohjalian. Não foi fácil esta leitura, não pelo vem e vai no tempo, mas pela intensidade, pois é narrado pela neta de sobreviventes e o autor é de fato neto de sobreviventes também.

Muitas vezes parei de ler para respirar e agradecer. Respirar e agradecer.

Um pouco antes do período relatado no livro, a maioria dos homens armênios foram mortos ou convocados a trabalhos forçados, em seguida as mulheres e crianças foram expulsas do território e enviadas em “marchas da morte” para o deserto sírio. Sem água e comida, sendo submetidos a estupros, massacres e roubos, os sobreviventes foram assentados em campos próprios no deserto.

O resultado disso foi a diáspora armênia, ou seja, armênios que vivem fora da Armênia, surgindo assim comunidades por todo o mundo. A história do livro traz também este contexto, dos armênios colocados nos Estados Unidos.

Assim os acontecimentos vão se repetindo na história do mundo. E o que nós podemos fazer além de respirar e agradecer?

O desafio é fazer a diferença à nossa volta, ao pensar em rejeitar alguém pelas diferenças que temos, que tal agregar pelas semelhanças? No mínimo somos todos seres humanos, comecemos por isso.

 
 
 

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