Na Cabeceira Cap. 6 Julgar o livro pelo leitor
- Bio Cult Cultivando a vida
- 5 de mar. de 2024
- 2 min de leitura
Nos últimos dias, tenho pensado sobre como as pessoas que lêem se parecem. Ou talvez ao contrário, tem pessoas para as quais olhamos e achamos pouco provável que tenham o hábito da leitura? A resposta, querendo ou não, é sim.
As sociedades são construídas com estereótipos, isso significa que os valores e hábitos de um grupo social são pautados por interesses em comum e isso, ao longo do tempo, vai formando padrões aceitáveis ou não.
A discussão que quero trazer para vocês não é sobre o que está certo ou errado - este conceito moral cada um deve desenvolver em si mesmo, mas vamos fazer um exercício. Te convido a refletir sobre a expressão “julgar o livro pela capa”.
Há uns dias me deparei com uma grata surpresa, conversando com o instrutor da academia que veio compartilhar comigo sua preferência por livros físicos a digitais, trocamos ideias sobre livros de educação de filhos, e como podemos mudar a jornada da nossa família colocando em prática algumas dicas encontradas neste tipo de literatura. Não é um ambiente no qual eu esperaria ter uma conversa assim, fiquei me perguntando o porquê fiquei tão admirada, afinal para gostar de ler não é preciso ter um selo na testa. A partir de então, comecei a analisar como as pessoas que lêem se parecem para mim.
Outro aspecto sobre o qual comecei a refletir foi sobre os tipos de livros que as pessoas lêem, e o que isso diz sobre elas. Cheguei à conclusão que muitas pessoas se atém a um estilo ou foco de interesse. Eu mesma passei muitos anos consumindo romance histórico sem me abrir para outros assuntos. Isso refletia algo sobre mim, uma parte apenas dos meus interesses, minha zona de conforto. Aos pouco fui inserindo tipos de leitura diversos para me dar a oportunidade de conhecer outros universos, outras formas de pensar. Hoje não consigo mais dizer que gosto apenas de um tipo de leitura, mas sim que gosto de me surpreender, assim como gostei de me surpreender com a conversa inusitada na academia. Até porque sim, leitores praticam esportes e também sim, esportistas lêem. Da mesma maneira como donas de casa lêem, e donas de casa não lêem, contadores lêem, e contadores não lêem. Como é bom se libertar de um estereótipo, e com uma sutileza tão agradável que me leva a querer cada vez mais falar sobre o assunto e encontrar entusiastas em todos os lugares.
A dica de livro de hoje são os livros de educação de filhos, que fizeram parte daquela conversa. Educando meninos, Criando Infantes.
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