Na Cabeceira Cap. 7 | Novas palavras
- Bio Cult Cultivando a vida
- 12 de mar. de 2024
- 2 min de leitura
Nesta semana, vamos falar um pouco sobre um autor italiano muito conhecido pelo seu livro adaptado ao cinema: O Nome da Rosa, de Umberto Eco.
Com os seus livros, sempre tenho novas palavras para aprender, pois a cada página, parece até um desafio, um jogo próprio.
Um homem de muito talento e conhecimento, Eco propunha que todo fenômeno cultural pode ser estudado como uma forma de comunicação. Além de seus romances e ensaios, foi filósofo, semiólogo, linguista e bibliófilo. Só na descrição de suas habilidades, já precisamos recorrer ao dicionário para compreendê-las.
Num dos meus primeiros textos aqui, falei sobre o porquê de gostar de ler, e o que isso causa em nosso cérebro. Pesquisando sobre Eco, encontrei algo que fundamenta aquela ideia: a literatura é terapêutica por permitir escapar do mundo real, e de suas ansiedades e descontinuidade. Seus textos trazem uma série de gatilhos mentais que transformam o leitor em parte integrante dos livros.
Durante a preparação de uma de nossas viagens para Europa, chegou até mim uma de suas obras mais recentes: O Cemitério de Praga. Acabamos incluindo Praga no roteiro e uma breve visita ao local, que de fato é surpreendente. No local, segundo o livro, acontecem as reuniões conspiratórias para domínio do mundo.Ler Umberto Eco é ser constantemente instigado a conhecer mais, seja buscando um dicionário para entender e se apropriar de novas palavras, seja para ver os locais citados em suas obras.
Atualmente estou lendo O Pêndulo de Foucault e vou compartilhar aqui algumas das palavras novas:
- Sefardita: refere-se aos descendentes de judeus originários de Portugal e Espanha.- Equóreo: referente ao mar, ou alto mar.- Embarafuste: impetuoso, desordenado.
Não só as palavras diferentes que são usadas, mas as constantes alterações de cenários e discursos numa mesma frase são fatos desafiadores.
Aqui então fica uma dica para vocês: se querem se desafiar a uma leitura diferenciada, complexa e profunda, Umberto Eco é uma boa pedida.
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