Na Cabeceira Cap. 9 | O Livro que espera por você
- Bio Cult Cultivando a vida
- 26 de mar. de 2024
- 2 min de leitura
A coluna de hoje é fruto de uma conversa muito realizadora, que gerou sentimentos agradáveis por alguns dias.Quem me conhece sabe que eu sempre insisto para as pessoas lerem um livro, dou indicações, foi até feita uma figurinha de whatsapp com um meme “Quer tal ler um livro?”. E de repente surgem retornos de alguns amigos sobre suas experiências literárias, após minha insistência.O caso que vou contar foi assim, há alguns meses presenteei uma amiga com um livro, mas ela sempre mergulhada na rotina do dia-a-dia, filhos, trabalho, marido, casa. Parecia que “perder” tempo com um livro seria um ato doloso às suas funções. Parece que quanto mais coisas fazemos, mais queremos fazer e mais coisas deixamos de fazer. Aí o segredo é priorizar. O relato desta minha amiga é carregado de uma sensação de autoconhecimento. Compartilho alguns trechos:“Sentir a paz de que esse ano a diarista (aqui vocês podem encaixar marido, amigos, familiares) vai me ajudar com a limpeza dos armários (aqui cabe qualquer ‘obrigação’ que nos impomos) internamente me deu uma sensação de 'ai que bom, vou ter ajuda, vou dar conta, então posso parar para ler mais um trecho do livro'. Ou seja, a 'minha falta de tempo' estava condicionada a meu desespero interno de não dar conta das coisas”.Então, o primeiro ponto importante foi o reconhecimento de que às vezes precisamos de ajuda, seja na limpeza da casa, seja outro exemplo, pois não damos conta de fazer tudo. Vende-se uma imagem, principalmente da mulher, que é uma mulher maravilha, mas somos de carne e osso, somos pessoas com limitações, defeitos e vontades. Experimento esta sensação de paz narrada pela minha amiga quando chego em casa e a louça está lavada, são pequenos detalhes e para cada um é diferente.
O segundo ponto que conversamos foi sobre o livro que eu havia lhe dado e que estava há meses sobre o balcão da cozinha, como ela disse, esperando pelo momento de ser lido. Eu senti estas palavras, esta espera, este encontro, esta libertação do cárcere da mulher maravilha: “Que aprender a tirar um tempo para ler um livro em paz é muito além, é autoconhecimento”.
Finalizo com o desafio que ela propôs: “Que os leitores escolham livros leves e agradáveis, de temas que agradem não-leitores como forma de ajudar a dar o primeiro passo. Que cada leitor perceba algum tema em um não-leitor que lhe agrade e lhe presenteie ou empreste”. Então apenas espere, o próprio livro estando visível fará o trabalho. E mesmo que a pessoa não o leia, olhará para o livro e sentirá o carinho que você, leitor, dedicou a você, não-leitor.Estou aqui pensando num livro para indicar para vocês, mas desta vez vou deixar que leitores e não-leitores interajam, afinal, eu já indiquei vários. Vou compartilhar com vocês o livro que representou a libertação durante nossa conversa. Livro que, uma vez, já foi emprestado para mim também. Educando meninos - James Dobson
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